17.4.09

quatro poemas

perdoa-me por entrar assim na tua casa,
encharcado e a esta hora da madrugada.
remenda-me, por favor.
hoje não soube mais de mim e estou cansado.
hoje guardei a chuva e silenciei a tempestade.
fizeram-me estender tapetes vermelhos,
afastar nuvens negras e bem pesadas.
andei por ali, feito pobre diabo,
a erguer os montes,
a subir e descer arco-íris por tudo e por nada.

2 comentários:

  1. "perdoa-me por entrar assim na tua casa,
    encharcado e a esta hora da madrugada.
    remenda-me, por favor." o meu preferido...

    Sabes que soou muito bem lê-lo ao contrário?

    *

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  2. é triste de uma maneira que quase parte o coração, como se estivesse a suplicar, não sei.
    toca-me.

    e é verdade, a vaidade tem razão, ler ao contrário é uma experiência completamente diferente.

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