sonetos de trapos.
uns, retalhos debotados.
outros, retalhos encarnados de beijos.
bordados de pássaros,
assobiam, trauteiam
e são músicas sem princípio,
meio ou fim.
depois, são muitas palavras.
palavras impossíveis
e o cheiro a chuva sobre a terra quente.
aqui e ali, o som das ondas,
o som do mar.
folhas vazias como reinos de neve,
sem traços, sem gestos...
pois, a morada quieta do silêncio!
personagens sozinhas,
irrequietas e sem nome.
descalças por ali,
impossíveis de guardar,
fogem mas deixam pés na areia.
depois vem o poeta,
e todas as vezes diz:
pró diabo, estas músicas forasteiras!
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