31.5.09

cloud

um dia sem nuvens não pede para te sentares à janela, o vento sopra quente e dizes que é de mim. és quente e ardes-me no corpo. podia passar a vida assim, ia contigo assim, mesmo sem saber. olhos fechados, mãos dadas, a caminhar o horizonte, a suster os segundos, lacrar-te em mim, todo, tudo. tudo o que foi dito, e que se diz, e se gosta e guarda, quando o outro personifica o amor que temos, o amor que nos cabe e que podemos levar. sim, tudo, o olhar, a voz, o perfume, os gestos, a forma de andar, o respirar fundo, forte, rodopiante, teu. pensei que fosse possível.
dia sem nuvens, dia de calor, abrasa e abrasa, não te sentas à janela porque o céu é ausênsia, as mãos transpiram, não as podemos dar.

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