24.9.09

nornas embriagadas

dentro das aranhas há um mundo, há um canto de fiandeiras, três fiandeiras. não têm mapas, fiam caminhos de seda circulares um bocado à toa. só têm um intervalo, vão para o recreio, que é no parque, saltam aos elásticos e fazem pimponeta. comem bolo de chocolate, fazem promessas e fazem tranças umas às outras. ando no monociclo, procuro equilibrar-me nos fios das teias, trago os olhos vendados, as mãos cheias, cheias de malabares e falta de destreza.

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