7.11.09

so, why are you on your own tonight?

tinha de ser um rapaz que oferecesse flores, que tivesse um ligeiro sotaque francês, que ouvisse smiths e que declamasse. vinham príncipes de todo lado, com ramos de flores sumptuosas. sim, ela gostava que lhe oferecessem flores, mas tinham de ser flores murchas. e isso, nem o príncipe mais prodigioso poderia adivinhar.
o manuel poeta tocava nas flores e elas murchavam. tinha sido assim fadado na maternidade, pela senhora da cama do lado. chamava-se branca e tinha perdido o filho por também ter sido fadada na maternidade, numa noite de neve, pela parteira que não suportava quem não chorasse pela mãe.
o manuel tinha sido abandonado, enrolado num xaile, com um livro de poemas nas mãos bem pequeninas, tão perfeitinhas. e acolhido por ester que tinha sido emigrante a vida toda em frança e que, enquanto preparava salada capresse com orégãos, o esquecia em cima da jukebox que tocava vezes e vezes sem conta a i know it's over.


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